O GLP industrial tem diversas aplicações na indústria. Uma das atividades industriais que mais se beneficiam do seu elevado poder calorífico e da sua eficiência é a fabricação de baterias automotivas, que requer temperaturas muito altas.
Mas, afinal, qual é a importância do mercado de baterias para a indústria brasileira e seus desafios? Como o GLP é utilizado na fabricação de baterias automotivas e quais as vantagens ele traz? Neste post, responderemos a essas e outras perguntas!
O que é GLP?
Antes de falarmos sobre o uso do GLP na produção de baterias automotivas, é importante repassar o que é esse combustível e quais são suas características. GLP é a sigla de Gás Liquefeito de Petróleo, que, como o nome já sugere, é um subproduto do refino de petróleo cru, em forma líquida. Sua composição é 50% de butano, 48% de propano e 2% de pentano.
Você talvez conheça o GLP como “gás de cozinha”, mas é muito mais do que isso. Ele tem várias particularidades que o tornam um potente combustível para indústrias de praticamente todos os setores.
Além de ter um custo-benefício atrativo quando comparado com outras fontes de energia, como o carvão, a gasolina, a eletricidade, o diesel, a lenha e o gás natural, ele apresenta altíssimo desempenho e é muito acessível. A seguir, destacamos algumas das principais vantagens que ele oferece às indústrias.
Qual é a importância do GLP para a indústria?
O GLP é uma das fontes de energia mais importantes para o setor industrial, já que tem características que tornam as atividades mais eficientes, produtivas e baratas.
Uma dessas características é a versatilidade. O GLP pode ser empregado em vários processos, nos mais diversos setores, como a indústria têxtil, a indústria farmacêutica, a agropecuária e a indústria automotiva.
Ele serve tanto para alimentar os equipamentos a gás usados nas fábricas quanto para esterilizar utensílios, climatizar ambientes e participar de processos de secagem. E esses são apenas alguns exemplos de aplicações do GLP industrial.
Outra característica vantajosa é a alta capilaridade. O GLP é facilmente armazenado em cilindros e transportado, e pode chegar a qualquer região do Brasil. Isso é ótimo para as indústrias, já que, em geral, elas são instaladas em locais mais afastados dos grandes centros.
Mas o maior benefício que o GLP tem a oferecer à indústria é sua eficiência. Como tem um enorme poder de gerar calor em menos tempo, ele produz muita energia sem consumir tanto combustível. Isso o torna uma fonte energética potente e muito econômica.
O fato de ter alto desempenho, um bom rendimento e um preço acessível em comparação com outras fontes faz com que seu custo-benefício seja excelente.
A título de comparação: de acordo com o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), o GLP chega a custar entre 30% e 40% a menos do que a energia elétrica. Com isso, a indústria consegue repassar a economia aos clientes finais, praticando preços mais competitivos e se destacando da concorrência.
Há, ainda, algumas vantagens adicionais. Por exemplo, os motores a gás são mais silenciosos e a queima do GLP não produz fuligem. Por isso, seu uso é seguro nos ambientes fechados das indústrias e não prejudica a saúde dos trabalhadores. Além disso, é possível regular e controlar a temperatura com mais precisão, o que proporciona níveis produtivos mais estáveis.
Leia também: Gás natural e GLP: entenda as diferenças entre os tipos de gás
Crescimento do mercado de baterias automotivas
O mundo inteiro já despertou para a necessidade de adotar um estilo de vida mais sustentável. Na esteira dessa busca por práticas ecologicamente corretas, a demanda por veículos elétricos está aumentando nos últimos anos.
Para você ter uma ideia, a IEA (Agência Internacional de Energia) prevê que o mercado de carros elétricos deve crescer 35% até o final de 2023, alcançando 14 milhões em vendas ao redor do mundo.
Aqui no Brasil, os números também confirmam essa tendência. Só no primeiro trimestre de 2023, as vendas de veículos elétricos leves aumentaram 55,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Apenas em março, foram vendidas 5.989 unidades.
Esse aumento na demanda por carros elétricos traz uma questão à tona: e as baterias que alimentam esses veículos? As baterias automotivas são importantíssimas, pois são responsáveis pela partida do automóvel, pelas luzes de sinalização e até o uso do ar-condicionado.
Como você deve imaginar, o mercado das baterias automotivas também está em expansão. Inclusive, a demanda mundial por esse tipo de bateria chega a superar as vendas de veículos elétricos.
O motivo é simples: como normalmente a indústria automobilística favorece os modelos maiores e mais potentes, as baterias automotivas precisam ser muito grandes para dar conta de alimentar esses motores.
Por isso, a procura por minerais como lítio, cobalto, níquel e cobre, usados na fabricação de baterias, vem aumentando exponencialmente. Em 2022, o mercado de minerais de transição energética alcançou US$ 320 bilhões. Como dá para notar, há muita oportunidade de expansão ainda, e o GLP tem muito a agregar na fabricação de baterias.
Desafios para a produção de baterias automotivas
Se há muitas oportunidades, há também vários desafios envolvidos na produção de baterias automotivas para carros elétricos. O primeiro deles diz respeito à oferta de minerais, que está concentrada em poucos países.
Além disso, a mineração de lítio e outros minerais de transição energética ainda tem um alto impacto ambiental e consome muita energia, o que afeta a sustentabilidade dos processos. E, quando a vida útil das baterias acaba, elas viram lixo que precisa ser descartado de forma segura.
Para minimizar esses efeitos, é importante que as baterias automotivas sejam desenvolvidas para ter uma durabilidade maior, com o maior tempo de vida útil possível, para que não se transformem em lixo tóxico rapidamente.
Também é necessário que sua fabricação envolva materiais e processos produtivos sustentáveis, para otimizar o custo de produção, diminuir o impacto ambiental e garantir um bom preço no produto final para os consumidores.
Esses desafios podem ser mais facilmente superados com o GLP. Graças ao seu alto desempenho e a economia que ele promove, é possível reduzir os custos e o consumo de energia na produção de baterias automotivas. Além disso, trata-se de uma fonte de energia mais sustentável, que não emite poluentes, o que também acaba contribuindo.
Leia também: A relação entre o GLP e a sustentabilidade
Como o GLP é utilizado na fabricação de baterias automotivas?
O processo de fabricação de baterias automotivas é complexo e envolve uma série de etapas. Primeiro, o chumbo é derretido em altas temperaturas e, em seguida, posto em formas e resfriado. Depois disso, é transformado em fitas que, em seguida, serão convertidas em grades que proporcionam melhor condução de energia e permitem a padronização do produto final.
Logo depois, o material ativo do produto, composto por chumbo, ácido sulfúrico, água e aditivos, é preparado em masseiras e adicionado às grades de chumbo, o que dá origem às placas positivas e negativas.
Enquanto isso, fabrica-se o plástico da base da bateria. Nessa fase, o polipropileno é derretido e enformado. Ao esfriar, ele adquire a forma desejada.
E em que etapa o GLP é utilizado?
Lembra que falamos sobre a produção do material ativo das baterias? Nessa etapa, surgem as placas positivas e negativas. Pois bem, essas placas precisam passar por um túnel para receber o tratamento térmico necessário, e é aí que entra o GLP.
As grades de chumbo e o material ativo passam primeiro por um túnel a uma temperatura de 400°C. Em seguida, ocorre o segundo tratamento térmico, num forno de cura de 600°C. Após essa etapa, o processo de fabricação da bateria é concluído. Nos dois casos, usa-se o GLP para o aquecimento.
Como o GLP tem alto poder calorífico, ele queima rapidamente, o que facilita o aquecimento do túnel e do forno de cura. Além disso, o combustível permite controlar a temperatura com mais precisão, algo essencial num processo tão longo e complexo.
Além de simplificar e agilizar o aquecimento dos equipamentos, tornando a produção mais eficiente, o GLP permite reduzir os gastos da indústria com energia, já que tem um preço competitivo, rende muito e oferece um excelente custo-benefício.
Assim, a potência do GLP, somada à economia que ele promove, são essenciais para tornar o processo de fabricação de baterias automotivas mais produtivo e sustentável. Num cenário em que a sustentabilidade é a pauta mais importante, essas são grandes vantagens.
GLP industrial é com a Consigaz
Neste post, explicamos por que a demanda por baterias está crescendo no mundo inteiro. Também mostramos como o GLP é utilizado na produção de baterias automotivas e quais são as vantagens de usar esse combustível no setor industrial. Para usufruir desses benefícios, contudo, é preciso contar com uma boa fornecedora de GLP para indústrias, como a Consigaz.
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