Nos últimos meses, as tarifas de luz e gás sofreram sucessivos aumentos, e essa alta considerável acabou comprometendo o orçamento de milhares de famílias no Brasil. Tanto a energia elétrica quanto o gás são serviços essenciais para o bem-estar da população e, desse modo, a elevação dos preços causou um grande impacto. Saber como economizar gás se tornou um desafio para os brasileiros, principalmente para o síndico de condomínio.

A questão da alta nas tarifas de gás e energia elétrica é mais complexa do que parece, uma vez que há diversos fatores que influenciam nos preços. Falando sobre o gás GLP especificamente, seu preço final é composto por vários elementos, o que acaba gerando muitas dúvidas.

Como o gás GLP representa uma porcentagem bastante alta no orçamento familiar, é fundamental procurar alternativas para reduzir seu consumo e baratear a conta. E o papel do síndico do condomínio é crucial neste processo!

Neste post, vamos explicar quais são os fatores que influenciam no preço do gás, dar algumas dicas para economizar e mostrar como o síndico pode agir para reduzir os custos com a conta de gás no condomínio. Confira!

Preço do Gás

Há várias questões envolvidas no preço do gás. Ao contrário do que acontece com a energia elétrica, que é muito afetada por fatores ambientais, o preço do gás é mais influenciado pela chamada dolarização dos preços da Petrobras. Mas antes de entender as principais razões para a alta, é importante entender como o preço do GLP é calculado.

O GLP é um derivado de petróleo e, como tal, parte de seu valor vem da realização da Petrobras, ou seja, tudo o que envolve os custos de produção do gás. Esses custos têm um grande peso na composição do preço final, e são diretamente impactados por fatores externos como o câmbio e a cotação do petróleo no mercado internacional.

Outros fatores que entram nessa conta, mas que têm menos peso, são o valor do ICMS, um imposto estadual, e os custos de logística envolvidos na distribuição e revenda do GLP.

Como dito anteriormente, a principal razão para o atual momento de alta do gás está relacionada à dolarização dos preços da Petrobras. Desde 2016, ainda no governo Temer, a estatal passou a cobrar pelo petróleo em dólar, seguindo as oscilações do mercado externo. Sendo o GLP um gás derivado do petróleo, ele é afetado, pois, se o preço da matéria-prima aumenta, o preço do gás sobe também.

A Petrobras tem hoje uma Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que determina que o preço do petróleo cobrado nas refinarias deve ser vinculado ao valor do barril de petróleo no mercado exterior e à cotação do dólar. 

Em 2020, o preço do combustível caiu por causa das medidas de distanciamento social, que reduziram o consumo. Contudo, com o início da retomada da economia, aumentou a demanda internacional, o que fez o preço no mercado externo se elevar. Como o preço para o mercado interno se baseia no preço de venda para países do exterior, os consumidores brasileiros também sentiram os efeitos dessa alta no bolso. 

A PPI não é consenso nem entre os especialistas, e vem gerando polêmica desde que foi inaugurada. Alguns economistas já sugerem uma revisão desta política de preços para não onerar tanto o consumidor brasileiro.

É importante que o síndico do condomínio conheça bem essas nuances, e entenda como se dá a composição do preço do GLP e os motivos para o aumento da tarifa. Assim, estará apto a explicar e tirar dúvidas dos condôminos, ficando sempre a postos para esclarecer questões relacionadas ao aumento na conta de gás.

Síndico, saiba como economizar no gás no seu condomínio

Preste atenção à coloração das chamas

Uma dica que pode ser interessante para ajudar a reduzir a conta de gás é ficar de olho nas chamas, porque a coloração delas pode ajudar a “diagnosticar” se há algum problema de vazamento ou mau funcionamento.

As chamas devem apresentar uma coloração azulada, pois isso indica que as bocas do fogão estão funcionando como deveriam. Chamas amareladas ou alaranjadas podem indicar que as bocas do fogão estão sujas, entupidas ou que não estão funcionando direito. Dessa forma, o eletrodoméstico precisa fazer mais esforço durante o preparo dos alimentos, gerando desperdício de gás.

Nesse sentido, o síndico pode ajudar, conscientizando os moradores sobre a importância de ficar de olho na saúde de seus fogões, fazendo as manutenções necessárias. Muita gente não conhece esse “truque” de analisar a cor das chamas, e isso pode ser informado aos condôminos para ajudá-los a economizar. Além disso, o síndico também deve fazer sua parte e ficar sempre atento ao funcionamento dos aparelhos de uso comum do condomínio, para que estejam sempre em perfeito funcionamento, sem vazamentos ou desperdício de gás.

Evite ficar abrindo e fechando o forno

Outra dica que o síndico pode dar aos condôminos para economizar gás é evitar abrir e fechar o forno durante o preparo de alimentos. A abertura do forno em funcionamento gera um choque térmico que acarreta uma perda no tempo de cozimento, pois o forno terá um gasto extra para retomar a temperatura ideal para assar o alimento. Assim, o prato demora mais tempo para ficar pronto e gasta mais gás desnecessariamente. Por isso, recomenda-se deixar o forno fechado e só abri-lo quando a receita pedir.

Outra sugestão interessante é, quando a receita permite, cozinhar com a panela tampada, pois a tampa fechada faz com que o alimento fique pronto mais rapidamente, diminuindo o gasto de gás no processo.

Além disso, é possível pôr mais de um prato para assar ao mesmo tempo no forno, a fim de otimizar o consumo do gás. Nesses casos, é importante priorizar receitas que tenham um tempo de cozimento semelhante.

Todas essas são dicas simples de cozinha que o síndico pode divulgar aos moradores, conscientizando-os sobre a importância de economizar gás.

Cuidado com os aquecedores

Aquecedores a gás proporcionam um banho quentinho e muito aconchegante, perfeito para relaxar no fim do dia. Mas é preciso ter cuidado, porque, quando usados sem critérios, os aquecedores podem acabar gastando mais gás do que o necessário.

O ideal é que não se use o aparelho na temperatura máxima, exceto quando houver absoluta necessidade, como nos meses mais frios do ano. Além disso, o aquecedor deve passar por limpeza e manutenção periódicas, a fim de que continue funcionando perfeitamente.

Também é importante ficar de olho e perceber se o queimador do aparelho acende assim que a torneira é aberta. Caso isso não aconteça, pode ser um sinal de que há algum problema, como pilhas gastas (no caso de aquecedores manuais) ou outro defeito que precisa ser consertado o quanto antes.

O síndico pode explicar e informar sobre essas questões, ressaltando a importância de manter as manutenções em dia.

Mantenha os moradores informados sobre as medidas para reduzir o consumo de gás

Parte das funções de um síndico é manter todos os condôminos informados sobre questões importantes relativas ao condomínio. Isso inclui a conta de gás.

É essencial que o síndico do condomínio explique sobre a alta nos preços e reforce a urgência de economizar. Uma forma simples de fazer isso pode ser fixar nos locais de uso coletivo uma lista de medidas a serem tomadas e que podem ajudar a reduzir o consumo de gás nos apartamentos. Elas envolvem o uso de fogões, aquecedores, fornos, entre outros aparelhos que usam gás como fonte de energia. Além disso, comunique os moradores nos canais oficiais, como o grupo de WhatsApp do condomínio ou o portal, se houver.

Caso o condomínio tenha um sistema de medição de gás coletiva, o síndico também pode propor a migração para um sistema de medição individual, em que cada condômino arca com o pagamento da própria conta de gás, ao invés de pagar uma fatura dividida igualmente entre todas as unidades. Na medição individual, cada morador consegue controlar melhor o próprio consumo, e o síndico também pode acompanhar de perto e registrar quanto cada apartamento gasta normalmente. Explicaremos mais sobre esse assunto a seguir, mas já fica a sugestão, pois essa mudança pode gerar uma boa economia.

Se necessário, pode ser interessante organizar uma assembleia para discutir a questão do gás e garantir que todos estejam a par da importância de controlar melhor o próprio consumo.

Escolha a distribuidora do gás com consciência

Outra medida importante que o síndico pode tomar é escolher muito bem a empresa distribuidora do gás. Uma escolha consciente da empresa que prestará esse serviço ao condomínio é fundamental, tanto pela economia quanto por razões de segurança.

É necessário pesquisar bem as opções no mercado e optar por uma empresa consolidada, de renome, que seja capaz de obedecer a todas as normas de segurança e conte com profissionais capacitados para o serviço. Também é essencial que ela preste a assistência necessária, realizando manutenções preventivas e estando ao dispor do condomínio para eventuais reparos.

Escolher corretamente a distribuidora do gás acaba sendo uma medida de economia, já que um gás de má qualidade, com a instalação mal feita, vai acabar mais rapidamente e pode até estragar os eletrodomésticos dos moradores. Além disso, há a questão da segurança, pois certamente uma empresa responsável, com profissionais competentes, será capaz de identificar e consertar possíveis vazamentos que desperdiçam o gás.

Solicite medição individual de gás 

Por fim, o síndico pode tomar a iniciativa de adotar a medição individual do gás no condomínio, caso o prédio ainda não tenha migrado para esse sistema.

Alguns condomínios mais antigos ainda adotam um sistema de medição de gás coletiva, em que a conta de gás é rateada entre todos os condôminos. Se esse for o caso de seu condomínio, é possível mudar para um sistema de medição individual de gás para ter maior controle do consumo de cada unidade.

Com o sistema coletivo, nem sempre a cobrança é justa, pois cada residência tem padrões de consumo diferentes. Por exemplo, uma pessoa que mora sozinha dificilmente vai gastar o mesmo que uma família grande. Quando a conta de gás é individual, não existe esse problema, já que cada condômino paga apenas o valor referente ao seu consumo, sem cobrança de taxa mínima nos meses em que não houver consumo.

Além disso, a medição individual acaba gerando um uso mais consciente do gás. É muito comum a sensação de que o que é coletivo pode ser desperdiçado, e que só precisamos poupar aquilo que é de uso particular. É claro que isso é uma falácia, mas é uma questão cultural que não é fácil de mudar.

Assim, realizar a mudança de um sistema de medição coletiva para um sistema de cobrança individual acaba, de certa forma, “obrigando” os condôminos a usar o gás com mais consciência, sem desperdício. Nesse momento de alta nas tarifas de gás, qualquer economia pode ser muito bem-vinda.

Caso você tenha interesse em migrar para um sistema de medição individual no seu condomínio, saiba que a Consigaz oferece esse serviço por meio do Conta Sim.

Com o Conta Sim, toda vez em que o profissional realiza a medição individual do consumo, ele imprime uma fatura para o morador. Assim, é possível ver na mesma hora quanto foi consumido naquele mês, facilitando a gestão do uso do gás. Além disso, a Consigaz também tem um app para simplificar ainda mais o controle.

A Consigaz atua há mais de 40 anos no setor de engarrafamento, na distribuição e na comercialização de gás GLP, e está presente nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

Nós contamos com profissionais qualificados e temos as mais modernas bases de engarrafamento, distribuição e armazenagem, e atendemos milhões de brasileiros, tanto no segmento de botijões e cilindros quanto no abastecimento de gás a granel. Por isso, oferecemos os melhores serviços quando o assunto é instalação de gás GLP para condomínios.

Se você se interessou e quer saber mais sobre nossos serviços, fale conosco e veja como podemos ajudar! Clique no banner para mais informações.