O gás é considerado um bem essencial na rotina dos lares brasileiros. Por isso, o aumento do seu preço ganhou destaque na mídia nos últimos tempos, gerando muito burburinho.

Hoje, o gás representa uma porcentagem bastante alta no orçamento das famílias, e tornou-se fundamental buscar alternativas para reduzir seu consumo.

É importante, porém, entender os fatores que influenciam o preço do gás, já que há várias questões envolvidas nesse processo, e muitas pessoas não sabem como se chega ao valor cobrado ao consumidor.

Por isso, decidimos fazer um guia completo sobre como economizar gás, tirando todas as dúvidas sobre o tema. Neste artigo, vamos explicar as razões da alta do gás e dar dicas preciosas para economizar esse recurso e garantir um valor mais baixo na conta.

Dica: Como funciona o gás GLP para condomínios

O que determina o preço do gás

Há diversos fatores envolvidos na composição do preço do gás.

Como acontece com todo derivado de petróleo, parte do preço final do GLP vem da realização da Petrobras, envolvendo os custos de produção. Esses custos são os que têm mais peso na composição do preço do produto, e também são os mais afetados por fatores externos, como a cotação internacional do petróleo e o câmbio.

Outro fator a se levar em conta é o valor do ICMS, o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, que é de competência dos estados e do Distrito Federal. Seu valor varia, e ele também integra a composição do preço final do gás GLP.

Finalmente, entram na conta os custos de distribuição e revenda, responsáveis por uma porcentagem considerável do montante.

Para outros combustíveis, como o diesel e a gasolina, há que se considerar ainda a incidência de outros tributos, como CIDE e PIS/COFINS. Porém, para o GLP, esses impostos foram zerados pelo governo.

Portanto, na prática, os fatores que compõem o preço do GLP para o consumidor final são o ICMS, os custos de produção por parte da Petrobras e os custos de distribuição e de revenda.

Estima-se que a Petrobras seja responsável por quase metade do preço do botijão padrão de 13 kg, o equivalente a 49,3%. De acordo com a estatal, 35,8% do preço do botijão de gás é estabelecido pelas companhias de distribuição e revenda, enquanto o valor referente à tributação é responsável por 14,9% do preço do GLP.

Por que o preço do gás sobe?

Dolarização dos preços 

Um dos motivos que explicam a alta do gás tem a ver com a questão da dolarização dos preços da Petrobras: desde 2016 a estatal cobra pelo petróleo em dólar, acompanhando as flutuações do mercado internacional. Como o GLP é um derivado do petróleo, ele também acaba sendo afetado: se o preço dessa matéria-prima aumenta, o preço do gás reflete esse aumento.

Hoje, a Petrobras adota uma Política de Preços de Paridade de Importação (PPI). De acordo com essa política, o preço do petróleo cobrado nas refinarias está vinculado ao valor do barril de petróleo no mercado internacional e à cotação do dólar.  

Em 2020, com a pandemia, os preços caíram devido às medidas de distanciamento social, que reduziram o consumo de combustíveis. Porém, com a retomada da economia após um longo período de recessão, a demanda internacional pelo gás aumentou, e isso levou a uma elevação de seu preço no mercado externo.

O problema é que o preço para o mercado interno é baseado no preço da venda para o exterior, por isso, os consumidores brasileiros ficam em desvantagem e se tornam as maiores vítimas desse modelo de precificação.

Para resumir, temos um cenário de valorização do petróleo no mercado externo e de desvalorização do real. Com a elevação do preço dos barris de petróleo no exterior e a sua cobrança em dólar, os reajustes recaem sobre o consumidor no mercado nacional.

ICMS e custo operacional

Conforme já explicamos acima, há outros fatores que interferem no preço do gás, como o ICMS, um imposto estadual. 

Além disso, existem os custos operacionais propriamente ditos, que também são influenciados pela alta do petróleo: devido ao aumento da gasolina, os custos de logística também sobem, e isso se reflete em certa medida no valor final do GLP.

Dicas para economizar no gás

Agora você já sabe como o preço do gás é calculado e por que razões ele aumenta. Não dá para controlar esses fatores. O que pode ser feito é adotar algumas medidas que visem a reduzir o consumo do gás e diminuir o valor da fatura no fim do mês.

A seguir, daremos algumas dicas de como economizar gás e não ficar no vermelho, mesmo com a alta nos preços!

Escolha a distribuidora do gás com consciência

A primeira dica é também a mais básica. Uma escolha consciente da empresa responsável pela distribuição do gás para o condomínio ou residência pode fazer toda a diferença. É extremamente importante optar por uma empresa com boa reputação, que cumpra todas as normas de segurança e preste toda a assistência necessária, tanto pela economia quanto pela segurança.

Essa medida ajuda a poupar gás, pois um gás de má qualidade, com uma instalação mal feita, acaba mais rápido e pode até estragar o fogão. Além disso, uma empresa séria, que realiza toda a manutenção necessária, consegue facilmente identificar e reparar eventuais vazamentos que desperdiçam o gás.

Dica: Não sabe quando o gás está acabando? O abastecimento contínuo é a solução!

Cuidado com a coloração das chamas

Essa dica pode ser surpreendente para muitas pessoas, mas o fato é que observar atentamente a coloração das chamas de seu fogão pode ajudar a economizar gás!

O ideal é que as chamas apresentem uma coloração azulada, porque isso indica que as bocas do fogão estão funcionando perfeitamente, sem entupimentos ou sujeiras. 

Chamas amareladas ou alaranjadas são um indício de que as bocas estão sujas ou que não estão funcionando corretamente. Assim, o fogão precisa fazer mais esforço para cozinhar o alimento, gastando mais gás do que o necessário.

Cuidado com o seu fogão

Pegando carona na dica anterior, é fundamental limpar as bocas do eletrodoméstico sempre que usar, para evitar acúmulo de gordura e outros resíduos. Essa limpeza periódica reduz muito o risco de entupimentos, além de ser uma medida extra de segurança, já que bocas entupidas podem acarretar vazamentos de gás.

Também é recomendável desmontar as bocas e lavá-las completamente, usando esponja, água e sabão, com uma certa regularidade.

Outra recomendação muito importante é prestar atenção à saúde do fogão, realizando manutenções preventivas de tempos em tempos, para garantir que está tudo funcionando perfeitamente.

Além de tudo isso, é preciso cuidar também da mangueira de gás do fogão. Essa peça tem vida útil de cinco anos e precisa ser trocada quando acaba o prazo de validade para evitar vazamentos. Essa é uma medida que, além de ajudar a economizar (pois vazamentos geram desperdício), ainda garante a segurança de todos os moradores.

Evite ficar abrindo e fechando o forno

Outra dica de ouro na cozinha para economizar gás é evitar abrir e fechar o forno várias vezes durante o preparo de alimentos.

Abrir o forno desnecessariamente faz com que uma grande quantidade de calor deixe de ser retido, e isso torna o preparo mais demorado.

Quando o forno está funcionando e alguém abre a sua porta e o ar de fora do eletrodoméstico entra ocorre um choque térmico, e, com isso, perde-se tempo de cozimento, já que o forno terá um gasto maior para retornar a temperatura ideal para assar devidamente o alimento. 

Mais tempo no forno significa maior consumo de gás, portanto, o ideal é deixar o forno fechado durante todo o tempo, só abrindo quando a receita ficar pronta.  

Para economizar gás ao preparar alimentos no forno, uma sugestão é colocar mais de um prato para assar ao mesmo tempo, dando preferência a receitas que tenham o mesmo tempo de cozimento.

Uma dica valiosa que segue a mesma lógica do forno fechado é: se a receita permitir, cozinhe com a panela tampada! Panelas com a tampa fechada cozinham o alimento mais rapidamente, assim, o gás é usado por menos tempo. Por isso, é uma alternativa interessante para quem quer economizar gás na hora de preparar a comida.

Troque as panelas

Muito antes da sofrência e do sertanejo universitário, Sérgio Reis já embalava os corações românticos, cantando que “panela velha é que faz comida boa”. O problema é que panela velha também pode ter outro efeito colateral nada agradável: o gasto extra de gás.

Quando o fundo das panelas já está muito desgastado, elas retêm menos o calor, e acabam consumindo mais gás do que o necessário no preparo dos alimentos. Por isso, pode ser muito interessante substituí-las por modelos novos, de preferência fabricados em materiais como inox ou cerâmica, e com fundo duplo. Assim, o calor fica retido, a comida fica pronta mais rapidamente, e isso se reflete na conta de gás. Em longo prazo, o investimento acaba compensando.

Outra dica, ainda relacionada com panelas, é considerar o uso de uma panela de pressão quando a receita permitir. Hoje existem no mercado vários modelos, dos mais caros aos mais baratos. Como a panela de pressão cozinha os alimentos mais rápido, consequentemente acaba economizando gás.

Cuidado com o preaquecimento

Muitas receitas pedem que o forno seja preaquecido. Mas isso não quer dizer que você precisa ligar o forno duas horas antes de assar um alimento.

Na maioria das situações, caso a receita não especifique algo diferente, basta acender o forno uns dez minutos antes de começar a preparar a comida, a 180º ou 200º. Assim, quando você for usar, ele já terá alcançado a temperatura média, sem desperdício de gás.  

Adote alguns truques para poupar gás enquanto cozinha

Existem alguns pequenos truques de cozinha que podem ser muito úteis, não só por questões de praticidade, mas também de economia.

Um bom exemplo é a dica de usar o vapor para cozinhar alimentos. Enquanto prepara o arroz, você pode posicionar um escorredor (ou uma cuscuzeira) por cima da panela e aproveitar o vapor para cozinhar brócolis, abobrinha, couve-flor, ou outros legumes.  É gostoso, é saudável e é econômico!

Outra dica bem interessante é cozinhar o macarrão com o fogo desligado. Isso mesmo! Em vez de preparar a massa com o fogo ligado o tempo inteiro, você pode simplesmente cozinhá-lo com a panela tampada e o fogo desligado. Funciona assim: primeiro, você coloca a água na panela e espera ferver; depois, acrescenta o macarrão e sal a gosto. Aí é só colocar a tampa na panela, desligar o fogo e esperar o tempo informado na embalagem.

Também há um truque bem conhecido para cozinhar feijão, grão de bico e outras leguminosas. Quando for preparar esses alimentos, procure deixá-los de molho por doze horas antes. Isso ajuda a deixar os grãos mais macios, facilitando o cozimento e, por consequência, gastando menos gás.

Cozinhe em fogo baixo

Existe um mito de que cozinhar sempre em fogo alto torna o tempo de preparo mais curto, mas isso não é verdade. Manter as chamas altas por mais tempo apenas acarreta maior consumo de gás.  Por isso, o ideal é deixar o fogo alto somente até o ponto em que a água começar a ferver, e depois diminuir.

O fogo alto faz com que mais água evapore durante o cozimento, o que resulta num consumo maior de gás. Não se esqueça também de usar a quantidade de água que a receita pede, sem exagerar.

Planeje suas refeições

Uma dica que, além de ajudar a economizar gás, ainda torna a sua rotina mais prática, é planejar as refeições com antecedência e preparar vários pratos de uma vez só, cozinhando menos vezes durante o mês.  

Depois de fazer o planejamento do cardápio, prepare as receitas e congele-as. Na hora de comer, basta descongelar da maneira que for mais conveniente.

Essa sugestão é interessante tanto para quem mora sozinho como para quem cozinha para a família. Adotando esse simples hábito, você não precisa passar horas na cozinha todos os dias e, de quebra, ainda economiza na conta de gás!

Cozinhe pedaços pequenos

Outra dica que ajuda a economizar gás na hora de cozinhar é cozinhar sempre pedaços menores. Quando os alimentos são cortados em tamanhos maiores, eles demoram mais tempo para cozinhar, consumindo mais gás nesse processo. Uma alternativa que não altera em nada o sabor dos alimentos é partir os legumes (ou até as carnes) em porções pequenas.

Essa medida simples otimiza o seu tempo e ainda ajuda a reduzir o consumo de gás, tendo em vista que o tempo de preparo diminui.

Regule o aquecedor de água

As dicas anteriores foram direcionadas na economia de gás durante o preparo de alimentos. Mas não é apenas na cozinha que se pode economizar gás! Há vários hábitos que podem ser adotados para economizar no gás durante o banho, e um deles é regular o aquecedor.

O ideal é evitar a temperatura máxima, e acertar o botão para a posição de “verão” quando não estiver frio demais. 

Tome banhos mais rápidos

Banhos quentes mais demorados não só representam um desperdício de água, como também gastam muito gás, sem necessidade. 

Por isso, o mais indicado é cuidar do tempo debaixo do chuveiro, e só ligar a ducha quando estiver realmente usando.

Faça manutenção no aquecedor regularmente

O aquecedor de água é um aparelho muito usado, sobretudo nos meses mais frios. Porém, para que ele funcione perfeitamente, é preciso tomar alguns cuidados, como manter a manutenção em dia e escolher profissionais capacitados para prestar esse serviço.

Os fabricantes normalmente recomendam que as vistorias sejam feitas anualmente, sempre por uma empresa séria. Isso aumenta a vida útil do aquecedor e garante seu funcionamento pleno, o que gera uma economia de gás porque ele não vai precisar se esforçar tanto para esquentar a água. Além disso, a manutenção regular é uma medida de segurança, que não pode ser negligenciada.

Solicite medição individual de gás 

Quem mora em condomínios que ainda adotam um sistema de medição de gás coletiva, em que a conta é dividida igualmente entre os moradores, pode solicitar ao síndico a migração para um sistema de medição individual de gás para ter maior controle por parte de cada condômino.

Com o sistema coletivo, muitas vezes a cobrança é desigual, já que cada unidade tem padrões de consumo diferentes, e é injusto uma pessoa que mora sozinha pagar o mesmo valor que uma família de cinco pessoas. Quando a medição do gás é feita individualmente, cada condômino paga apenas aquilo que efetivamente consumiu, e não há cobrança de taxa mínima.

Outro efeito colateral interessante da medição individual é o uso mais consciente do gás. No Brasil, é muito corriqueiro o pensamento de que o que é de todos não é de ninguém. Nesse sentido, as pessoas normalmente só se preocupam em preservar aquilo que é privado, e desperdiçam o que é de uso coletivo.

Solicitar a mudança para um sistema de cobrança individual acaba forçando os moradores a consumir de modo mais sustentável, o que, em tempos de alta nos preços, ajuda bastante.

A Consigaz oferece esse serviço por meio do Conta Sim. Com esse sistema, quando o funcionário da Consigaz faz a leitura individual do consumo, ele imprime uma fatura em que o condômino pode visualizar imediatamente o quanto foi consumido ao longo do mês, tornando a gestão muito mais simples. Além disso, a empresa oferece um app para facilitar ainda mais o controle.

Como a Consigaz atua neste momento difícil

Em longo prazo

Para reverter a atual situação, é necessário que a economia nacional seja restabelecida e passe a gerar mais empregos para aumentar a renda da população brasileira. 

Nesse sentido, a Consigaz trabalha para que o GLP enquanto matriz energética limpa, sustentável e rentável seja mais difundida não só nas residências, mas também no setor empresarial, possibilitando o desenvolvimento de setores produtivos estratégicos como o food service, a indústria e o agronegócio.

O alto poder energético do GLP torna seu uso muito versátil na indústria, uma vez que apresenta alto desempenho e pode ser empregado para diversos fins, tais como combustão de fornos, refrigeração, congelamento, aquecimento, processos têxteis, fabricação de vidros, entre outras finalidades, além de ser utilizado na agroindústria e em mineradoras.

O setor de food service, considerado um dos mais lucrativos do Brasil, também tem muito a ganhar com o uso do GLP, que garante a eficiência necessária para um segmento tão importante e desafiador.

Já o setor do agronegócio pode se beneficiar principalmente pela capilaridade alta do GLP, que consegue alcançar praticamente todo o território brasileiro. Além disso, a facilidade de armazenamento e transporte do gás também facilita na distribuição nacional, permitindo que o gás chegue até nos locais mais distantes do país, algo fundamental para o agronegócio.

Esses setores têm muito a se beneficiar com a adoção do GLP como fonte de energia, devido à alta capilaridade do gás e de seu altíssimo poder calorífico, que possibilita produzir muito mais, gastando menos energia.

Em curto prazo

A retomada de dias melhores é um processo que, infelizmente, leva tempo. Por isso, é necessário adotar algumas medidas do ponto de vista individual e familiar, enquanto o cenário num plano macro ainda não dá sinais de melhora.

Dentre essas medidas, destaca-se a distribuição de gás para famílias em situação de vulnerabilidade que a Consigaz vem realizando, para que aqueles que não podem arcar com o custo do gás não sofram com a falta desse bem essencial.

Com esse projeto, esperamos trazer um pouco de conforto à rotina dos brasileiros desempregados ou de baixa renda, e garantir que ninguém fique sem gás nesse momento difícil.

A Consigaz tem consciência de sua responsabilidade social com o povo brasileiro, enquanto produtora de um item fundamental para o dia a dia da população. Afinal, o GLP está presente desde as atividades mais simples e rotineiras, como o preparo de refeições, até as atividades mais complexas e pujantes, como as realizadas pelas indústrias e pelo agronegócio.

Quer saber mais sobre nossas iniciativas? Clique no banner e conheça o que a Consigaz oferece para empresas, indústrias e condomínios.