A sustentabilidade deixou de ser apenas um diferencial e se tornou uma urgência, especialmente no setor industrial. Empresas de todos os portes estão sob crescente pressão para adotar práticas mais limpas e responsáveis. Em um cenário em que a preocupação ambiental se traduz em valor de mercado e conformidade regulatória, entender e gerenciar a pegada de carbono de suas operações é mais do que uma boa prática – é uma necessidade estratégica.

Mas o que é a pegada de carbono, por que você deve se preocupar com ela e, mais importante, como a sua indústria pode efetivamente reduzi-la? Neste artigo, vamos desmistificar esses conceitos e apresentar o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) como um aliado poderoso na sua jornada rumo a um futuro mais verde e competitivo. Acompanhe!

O que é pegada de carbono?

A pegada de carbono é uma métrica que quantifica o total de emissões de gases de efeito estufa (GEE) geradas por uma atividade, produto, serviço, pessoa ou organização.

Expressa em toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂eq), ela mede o impacto que diversas ações humanas têm sobre o meio ambiente, contribuindo para o aquecimento global. Desmistificando o conceito, trata-se de um “rastro” que deixamos na atmosfera através de nossas atividades.

Para as operações industriais modernas, a relevância da pegada de carbono é multifacetada. A medição e a redução dessas emissões são fundamentais não apenas para a saúde do planeta, mas para a reputação, a competitividade e até mesmo a viabilidade do negócio.

Empresas com alta pegada de carbono enfrentam riscos crescentes, como aumento de custos regulatórios, sanções, perda de investidores e consumidores conscientes, além de danos à imagem da marca. Por outro lado, a gestão proativa dessas medidas pode abrir portas para novas oportunidades de mercado, incentivos fiscais e parcerias estratégicas.

A compreensão vai além da simples medição; é uma ferramenta de gestão ambiental que permite às indústrias identificar as principais fontes de suas emissões, estabelecer metas de redução realistas e implementar estratégias eficazes para mitigar seu impacto.

Isso se alinha com a crescente conscientização global sobre as mudanças climáticas, em que o mundo está percebendo a influência humana no meio ambiente.

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Como calcular a pegada de carbono de uma empresa industrial?

Calcular a pegada de carbono de uma empresa industrial é um processo detalhado que exige precisão e compreensão das diversas fontes de emissão. Este cálculo permite que as empresas compreendam seu impacto ambiental e identifiquem áreas para melhorias.

Veja quais são os passos para calcular a pegada de carbono:

1. Definição do escopo

O primeiro passo é determinar o que será incluído no cálculo. Existem três escopos de medição, conforme o Greenhouse Gas (GHG) Protocol:

Escopo 1 (emissões diretas)

Refere-se às emissões geradas diretamente pela empresa. Isso inclui a queima de combustíveis em equipamentos próprios (como caldeiras, fornos e veículos da frota), processos industriais que liberam GEE (como a produção de cimento e produtos químicos) e vazamentos de gases refrigerantes. Para uma indústria, isso pode envolver o consumo de diesel para geradores ou GLP para aquecimento.

Escopo 2 (emissões indiretas por energia comprada)

Corresponde às emissões de GEE resultantes da geração de eletricidade, vapor, calor ou refrigeração adquiridos de terceiros. Por exemplo, quando uma fábrica compra eletricidade, as emissões da usina geradas por essa fonte de energia são consideradas no escopo 2.

Escopo 3 (outras emissões indiretas)

Engloba todas as outras emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor da empresa, mas que não são controladas diretamente por ela. Isso pode incluir transporte de matérias-primas e produtos, resíduos gerados, viagens de negócios, deslocamento de funcionários, produtos e serviços adquiridos e o uso e descarte de produtos vendidos. Embora seja o escopo mais complexo de medir, é indispensável para uma avaliação completa do impacto.

2. Coleta de dados

É fundamental coletar dados precisos sobre o consumo de energia, combustíveis e materiais, bem como informações sobre processos industriais. Isso pode incluir:

  • Faturas de energia elétrica, gás natural, diesel e GLP;
  • Registros de consumo de matérias-primas e insumos;
  • Dados sobre a geração e descarte de resíduos;
  • Informações sobre a frota de veículos e viagens de negócios.

3. Cálculo das emissões

Com os dados coletados, aplicam-se fatores de emissão específicos para converter o consumo de cada fonte em CO₂ equivalente. Esses fatores são tabelados por organizações como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) ou entidades nacionais de meio ambiente. Por exemplo, cada litro de diesel queimado tem um fator de emissão associado que indica quanto CO₂ será liberado.

4. Verificação e relato

Após o cálculo, é recomendável que as informações sejam verificadas por uma parte independente para garantir a fidedignidade dos dados. As empresas podem então divulgar suas pegadas de carbono em relatórios de sustentabilidade, como parte de suas políticas de transparência e ESG (Environmental, Social, and Governance).

Para que serve a pegada de carbono além da conformidade?

A pegada de carbono não serve apenas para atender a requisitos regulatórios ou ambientais. Ela é uma ferramenta de gestão estratégica poderosa que permite:

  • Identificar ineficiências: ao mapear as fontes de emissão, a empresa pode identificar onde o consumo de energia e materiais é excessivo, revelando oportunidades para otimização de processos e redução de custos.
  • Melhorar a imagem e reputação: empresas com baixas emissões e compromisso com a sustentabilidade são vistas de forma mais positiva por consumidores, investidores e a sociedade em geral, o que pode se traduzir em maior competitividade e valor de mercado.
  • Acesso a novos mercados: muitos mercados e cadeias de suprimentos exigem que seus parceiros demonstrem compromisso com a sustentabilidade, e uma pegada de carbono baixa pode ser um diferencial importante.
  • Atrair investimentos: fundos de investimento e bancos estão cada vez mais direcionando capital para empresas com importantes credenciais ESG.
  • Gerenciar riscos: entender e reduzir a pegada de carbono ajuda a empresa a se preparar para futuras regulamentações e a mitigar riscos relacionados às mudanças climáticas.

Em suma, calcular e gerenciar a pegada de carbono é um passo essencial para qualquer indústria que busca não apenas sobreviver, mas prosperar em um mercado cada vez mais consciente e exigente.

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Como reduzir a pegada de carbono? Confira estratégias

Para reduzir a pegada de carbono, as empresas podem focar na otimização de processos e eficiência energética. Isso inclui a modernização de equipamentos para soluções mais eficientes, a implementação de sistemas de automação e controle para otimizar o uso de energia e matérias-primas, e a gestão energética por meio de auditorias para identificar desperdícios e aplicar melhorias como isolamento térmico, iluminação LED e recuperação de calor.

Outra frente importante é o uso de energias renováveis, seja pela geração própria através de painéis solares ou outras fontes, ou pela aquisição de energia limpa de fornecedores de fontes como eólica e hidrelétrica.

A gestão de resíduos também é fundamental, envolvendo a redução e reutilização de materiais, o aumento das taxas de reciclagem em todas as etapas da produção e, quando ambientalmente viável, a valorização energética de resíduos que não podem ser reciclados (biomassa).

No transporte e logística, estratégias como a otimização de rotas com softwares e tecnologias, o investimento em veículos eficientes (com combustíveis mais limpos) e o desenvolvimento de sistemas de logística reversa para retorno e reutilização de embalagens e produtos são essenciais.

Por fim, e de impacto imediato, está a adoção de combustíveis mais limpos. A escolha do combustível para aquecimento, geração de energia ou processos industriais tem um peso significativo na pegada de carbono, sendo a transição de combustíveis fósseis altamente poluentes, como óleo combustível e carvão, para alternativas mais limpas, um passo fundamental.

Nesse cenário de descarbonização industrial, o GLP se destaca como uma das opções mais eficientes e acessíveis.

A implementação dessas estratégias deve ser vista como um investimento, e não apenas como um custo. Empresas que adotam essas medidas não apenas contribuem para um futuro mais sustentável, mas também ganham em eficiência operacional, reduzem custos a longo prazo e melhoram sua posição no mercado.

GLP: o aliado estratégico na redução da pegada de carbono industrial

O Gás Liquefeito de Petróleo surge como uma alternativa energética limpa e estratégica para indústrias que buscam reduzir sua pegada de carbono.

Considerado um combustível convencional limpo, o GLP apresenta vantagens significativas em comparação com outros combustíveis fósseis mais poluentes, como o óleo combustível e o carvão.

Um dos maiores benefícios do GLP é sua menor emissão de CO₂ e particulados. Saiba mais sobre esses benefícios:

  • Emite menos CO₂: em comparação com a gasolina e diesel, o GLP produz uma pegada de carbono 20% menor que a gasolina e mais de 10% menor que o diesel. Embora o gás ainda produza dióxido de carbono, suas emissões são consideravelmente menores do que as de combustíveis mais pesados.
  • Reduz particulados e NOX: o GLP contribui significativamente para a melhoria da qualidade do ar, produzindo menos material particulado e óxidos de nitrogênio (NOx) em comparação com diesel, óleo combustível, madeira ou carvão. Isso é fundamental para a saúde ambiental e humana, especialmente em áreas industriais densamente povoadas.
  • Não contamina solo e água: diferentemente de outros combustíveis, o GLP não afeta negativamente o solo, a água ou as fontes subterrâneas em caso de vazamento, o que o torna uma opção mais segura do ponto de vista ambiental.
  • Redução do black carbon: o uso de GLP também ajuda a reduzir as emissões de Black Carbon (carbono negro), que é um poderoso contribuinte para o aquecimento global e está associado a sérios problemas de saúde.

A praticidade, eficiência e o menor impacto ambiental do GLP o tornam uma escolha inteligente para diversas aplicações industriais. E pode ser utilizado em caldeiras, fornos, processos de aquecimento, secagem, geração de energia e até em empilhadeiras.

Em setores como o alimentício, têxtil, cerâmico, metalúrgico e agronegócio, o GLP já demonstra resultados significativos na redução de emissões, auxiliando as empresas a atingir suas metas de sustentabilidade.

Por exemplo, em indústrias que dependem de altas temperaturas, o GLP oferece uma combustão mais limpa e controlada, minimizando a formação de resíduos e poluentes.

A flexibilidade do GLP, que pode ser armazenado em diferentes tamanhos de tanques e cilindros, permite sua adoção em uma ampla gama de operações, desde pequenas empresas até grandes complexos industriais.

Ao optar pelo GLP, as indústrias não apenas cumprem com suas responsabilidades ambientais, mas também podem se beneficiar de uma combustão mais eficiente, que se traduz em economia de energia e otimização de processos, permitindo um maior controle do calor e da chama. Isso contribui para uma redução ainda maior da pegada de carbono e para a melhora da eficiência operacional.

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Sustentabilidade que impulsiona: GLP, ESG e vantagem competitiva

A adoção do GLP como fonte de energia industrial não é apenas uma escolha ambientalmente consciente, é uma decisão estratégica que se alinha perfeitamente com as diretrizes ESG, especialmente no pilar ambiental.

Empresas que priorizam a redução de suas emissões de pegada de carbono demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade, o que se traduz em uma série de vantagens competitivas no mercado atual.

No contexto ESG, o uso de GLP contribui diretamente para os seguintes itens:

  • Reduzir emissões de GEE: a menor liberação de CO₂ e outros poluentes como particulados e NOX, em comparação com combustíveis mais densos em carbono, melhora o desempenho ambiental da empresa.
  • Minimizar o impacto ambiental local: a combustão limpa do GLP reduz a poluição do ar nas comunidades próximas às operações industriais, mitigando riscos de saúde e melhorando a relação com stakeholders locais.
  • Não contaminar recursos naturais: em caso de vazamentos, o GLP se dissipa no ar, não contaminando solo ou água, o que demonstra uma gestão de riscos ambientais mais robusta.

Como a redução de emissões pode impulsionar sua empresa?

A adoção do GLP é um passo estratégico para empresas que buscam certificações ambientais e selos verdes, já que contribui para a redução de emissões exigida por esses reconhecimentos. Além disso, melhora a imagem do negócio diante de consumidores e parceiros atentos ao impacto ambiental.

O uso do GLP também atrai investimentos com foco em ESG, fortalecendo a competitividade da empresa e permitindo acesso a mercados mais exigentes. Clientes valorizam práticas sustentáveis, o que aumenta a fidelização.

Por fim, o GLP ajuda as empresas a se adaptarem a regulações ambientais mais rígidas, como limites de emissão e impostos sobre carbono. Essa transição ainda impulsiona a eficiência energética e reduz custos operacionais no longo prazo, como já destacamos.

Consigaz: sua parceira na jornada rumo à sustentabilidade e eficiência

A Consigaz tem mais de 40 anos de experiência em soluções de GLP para a indústria e é a parceira ideal para ajudar sua empresa a conquistar mais eficiência energética e sustentabilidade.

Oferecemos atendimento completo com soluções personalizadas, estudo de dimensionamento, cronograma de abastecimento sob medida e suporte técnico contínuo, sempre com foco em segurança e conformidade.

Mais do que fornecer um combustível limpo, atuamos como parceiros estratégicos para alinhar sua empresa às práticas ESG.

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