A indústria de papel e celulose é uma das mais importantes para a economia mundial, especialmente no Brasil, que se destaca como um dos principais produtores e exportadores globais.
O papel e a celulose são materiais fundamentais em diversos produtos do nosso cotidiano, como cadernos, livros, embalagens e até mesmo em itens de higiene pessoal. Contudo, a produção desses materiais envolve processos industriais complexos, que enfrentam desafios ambientais e econômicos.
Neste artigo, vamos abordar a indústria de papel e celulose no Brasil, entender como ocorre o processo de produção e discutir as questões ambientais e tecnológicas que impactam o setor.
A indústria de papel e celulose no Brasil
O Brasil é uma referência mundial na produção de papel e celulose, ocupando o primeiro lugar no ranking global de exportação de celulose. De acordo com dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), em 2022, o setor gerou mais de 500 mil empregos diretos e aproximadamente 1,5 milhões de empregos indiretos, gerando uma renda de R$ 122,7 bilhões ao ano.
O sucesso do país nessa indústria está diretamente ligado ao clima favorável para o cultivo de árvores, como o eucalipto e o pinus, que são as principais matérias-primas utilizadas.
O eucalipto, em especial, tem um ciclo de crescimento rápido no Brasil, permitindo uma produtividade maior e mais eficiente do que em outros países. Além disso, o Brasil se destaca por seus altos investimentos em tecnologia e inovação, visando melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a sustentabilidade dos processos produtivos.
Com uma grande área dedicada à plantação de florestas certificadas, o Brasil se consolida como uma das principais potências no mercado mundial de papel e celulose, exportando seus produtos para vários países.
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Processo de produção de papel e celulose
A produção de papel e celulose é um processo que envolve várias etapas complexas, todas voltadas para a transformação da matéria-prima (madeira ou outros materiais fibrosos) em produtos prontos para consumo. Vamos entender cada uma dessas etapas para compreender melhor como funciona essa cadeia produtiva:
Preparação da matéria-prima
O processo de produção de papel e celulose começa com a preparação da matéria-prima. Na maioria das vezes, utiliza-se madeira de eucalipto ou pinus, que são cultivados em florestas plantadas.
Após o corte das árvores, os troncos são transportados para as fábricas, onde passam por um processo de descascamento e picagem, transformando-se em cavacos de madeira, que serão a base para a produção de celulose.
Além da madeira, outros materiais fibrosos também podem ser utilizados, como bagaço de cana-de-açúcar e palha de cereais, especialmente em processos que visam a sustentabilidade e a redução de resíduos.
A escolha da matéria-prima depende dos produtos finais que se pretende obter, além da disponibilidade regional de recursos.
Cozimento e branqueamento
Após a preparação da matéria-prima, os cavacos de madeira são submetidos ao processo de cozimento em grandes caldeiras, onde são misturados com substâncias químicas que ajudam a dissolver a lignina – componente que “cola” as fibras da madeira. O objetivo é separar as fibras de celulose, que são o principal componente na fabricação do papel.
Depois de separadas, as fibras de celulose passam pelo processo de branqueamento, que tem como objetivo melhorar a cor e a pureza do produto.
Este processo utiliza produtos químicos, como o dióxido de cloro, para remover impurezas e garantir que a celulose tenha uma aparência mais clara, especialmente para papéis de alta qualidade, como aqueles para escrita e impressão.
Formação da folha de papel
Com a celulose já purificada, o próximo passo é a formação das folhas de papel. As fibras de celulose são misturadas com água e passadas por máquinas específicas que drenam a água e formam uma manta fibrosa.
Essa manta passa por prensas que retiram o excesso de umidade e, em seguida, por secadores, onde a folha de papel é formada.
A etapa final envolve o alisamento e a secagem completa das folhas, que depois são enroladas em grandes bobinas, prontas para serem cortadas e transformadas nos mais diversos tipos de produtos, como papel para embalagens, papéis higiênicos e papéis de escrita.
Desafios ambientais na indústria de papel e celulose
Apesar da sua importância econômica, a indústria de papel e celulose enfrenta grandes desafios ambientais. Entre os principais problemas estão o desmatamento, a poluição das águas e as emissões de CO2 geradas durante o processo produtivo.
Desmatamento
A produção de papel e celulose depende de grandes quantidades de madeira, o que pode gerar preocupações em relação ao desmatamento. No Brasil, a maioria da matéria-prima vem de florestas plantadas, como o eucalipto e o pinus. Elas são cultivadas especificamente para a indústria, o que ajuda a reduzir a pressão sobre florestas nativas.
No entanto, a expansão das áreas de plantio pode gerar impactos negativos, especialmente se substituir ecossistemas naturais como o Cerrado ou a Mata Atlântica. Esses biomas são importantes para a biodiversidade, e sua substituição por plantações de monoculturas, como o eucalipto, pode levar à perda de habitats para diversas espécies, à redução da biodiversidade e ao esgotamento do solo.
Além disso, o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas nas florestas plantadas pode ter impactos ambientais significativos.
Algumas iniciativas importantes têm sido adotadas para minimizar esses impactos, como práticas de manejo florestal sustentável, que visam garantir a regeneração das áreas plantadas e a proteção das florestas nativas.
Poluição das águas
A indústria de papel e celulose utiliza grandes volumes de água, especialmente nas etapas de cozimento e branqueamento da celulose. O problema ocorre quando essa água, que pode conter produtos químicos usados no processo (como soda cáustica, cloro e dióxido de enxofre), é descartada sem tratamento adequado.
Isso pode causar contaminação de rios, lagos e aquíferos, prejudicando a fauna e a flora aquáticas, além de impactar comunidades que dependem desses recursos.
Para reduzir esse impacto, muitas empresas do setor têm investido em tecnologias de tratamento de efluentes que permitem a reutilização da água no processo produtivo. Isso não só diminui a poluição, mas também reduz a quantidade de água extraída dos ambientes naturais.
Algumas indústrias estão investindo em sistemas de ciclo fechado, para que a água usada no processo seja reciclada várias vezes, minimizando o desperdício.
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Emissões de CO2
Outro grande desafio ambiental da indústria de papel e celulose são as emissões de CO2 e outros gases do efeito estufa. Essas emissões ocorrem principalmente devido à queima de combustíveis fósseis nas diferentes etapas da produção, como na geração de vapor para cozinhar as fibras e secar o papel, além do transporte dos produtos e matérias-primas.
O CO2 é um dos principais gases que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Para enfrentar esse problema, algumas empresas estão adotando práticas mais sustentáveis, como o uso de fontes de energia limpa. Além disso, o reflorestamento de áreas degradadas, onde são plantadas novas árvores, também contribui para a captura de CO2, ajudando a neutralizar as emissões da produção.
Essas iniciativas, além de contribuírem para a sustentabilidade do setor, também agregam valor às empresas, que podem comunicar ao mercado sua preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social.
Uso do GLP no processo de secagem de papel e celulose
Um dos processos críticos na produção de papel é a secagem das folhas, que exige grandes quantidades de calor. Nesse contexto, o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) tem se destacado como uma das fontes de energia mais eficientes e sustentáveis para essa etapa.
O GLP é uma mistura de gases, principalmente propano e butano, amplamente utilizado como combustível em diversos setores industriais. Sua queima é limpa e gera baixa emissão de poluentes, o que contribui para a redução do impacto ambiental na produção de papel e celulose.
Eficiência energética
Comparado a outras fontes de energia, como o diesel e o óleo combustível, o GLP oferece uma maior eficiência energética. Isso significa que, para gerar a mesma quantidade de calor, é necessário menos GLP do que outros combustíveis, o que resulta em uma produção mais rápida e com menor consumo de energia.
Controle de temperatura
O GLP também oferece um controle mais preciso da temperatura durante o processo de secagem. Isso é essencial para garantir que o papel atinja o ponto exato de umidade, sem comprometer a qualidade do produto final. A precisão no controle da temperatura contribui para a consistência do produto e para a redução de desperdícios.
Redução de custos
Além da eficiência energética, o uso de GLP pode representar uma redução significativa nos custos de produção. Por ser um combustível mais limpo e eficiente, ele requer menos manutenção dos equipamentos e reduz o tempo de paradas para ajustes. Isso se traduz em uma maior produtividade e custos operacionais menores para as indústrias de papel e celulose.
Sustentabilidade
O uso do GLP também é vantajoso do ponto de vista ambiental. Como uma fonte de energia limpa, sua queima emite menos gases poluentes em comparação com combustíveis fósseis mais pesados, como o carvão. Isso contribui para a sustentabilidade das operações e ajuda as empresas a cumprir metas de redução de emissões e impacto ambiental.
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GLP é com a Consigaz
A indústria de papel e celulose é essencial para a economia brasileira, gerando empregos e exportações, mas enfrenta desafios ambientais significativos. A adoção de práticas sustentáveis e o uso de energias limpas, como o GLP, são fundamentais para reduzir os impactos ambientais e garantir a competitividade do setor.
Nesse sentido, a Consigaz se apresenta como uma aliada estratégica, oferecendo GLP de qualidade há mais de 40 anos.
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